Não existe área do conhecimento humano mais discutida quanto às interferências feitas na reprodução humana. O
conjunto de técnicas que visam ao tratamento de infertilidades de casais e aos avanços da medicina tem ajudado cada vez mais as mães, bem como casais em suas dificuldades.
    Uma gravidez sem sexo e ato sexual sem gravidez, duas realidade que só são possíveis com o auxílio da ciência e que geram dilemas, anseios e expectativas. A cada nova técnica que aparece, novas consequências podem ser observadas, novos conflitos surgem e esse pleito ainda está longe de ser regulamentado pelos órgãos competentes.
A ausência de leis específicas suficientes para Reprodução Assistida como, por exemplo, o destino dos embriões em caso de separação do casal, o tipo de relação entre os doadores com o casal receptor, ou ainda a utilização das técnicas por pessoas não casadas são algumas das dificuldades que deveriam ser solucionadas por leis. Em paralelo com essas questões, a política, a religião e a economia criam precedentes desacordos para as várias faces que o tratamento mostra. O direito ao planejamento familiar, conforme assegurado pela Constituição (art. 226, § 7º) e pela Lei nº 9.263/96, impõe ao Estado disponibilizar o recurso às técnicas de reprodução humana assistida para aqueles que desejam realizar o projeto parental.
A reprodução assistida vem como saída para o desejo de se ter um filho. É um conjunto de técnicas cujo objetivo é tentar viabilizar a gestação em mulheres com dificuldades de engravidar. Dentre as diferentes técnicas de reprodução assistida, a mais antiga e simples é a "Inseminação Artificial" donde, o primeiro registro da técnica foi realizado pelos árabes em 1332 e feita em equinos. Mas para efeito científico foi realizada em 1779, pelo italiano Lázaro Spalanzani, que coletou sêmen de um cachorro e aplicou em uma cadela no cio, a qual pariu 3 filhotes. E no final do século XVIII um médico inglês, Hunter, obteve os primeiros resultados. Nos anos 70 a técnica foi bastante utilizada, porém não de forma tão precisa, gerando baixo índice de sucesso. Daí com o aparecimento da fertilização "in vitro" nos anos 80 a técnica da "inseminação artificial" foi temporariamente abandonada e considerada arcaica. No entanto, atualmente, a inseminação artificial encontra novamente espaço no tratamento de casais inférteis.

Na reprodução assistida a técnica que se destaca é a Fertilização In Vitro (FIV) que se dá fora do corpo da mulher. Entre a FIV existem técnicas variantes como o GIFT (transferências de gametas para as trompas), o TV-TEST (Técnica que transfere por via vaginal um embrião já formado), o ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóides) e o IAIU. As probabilidades de gravidez variam entre 20 e 35% em mulheres de até 35 anos. A partir dos 40 anos, quando os óvulos já perderam parte da vitalidade, a taxa de gravidez cai para 15%.
A ciência se mostra muito útil nesse caso, pois as dificuldades se contrapõem aos desejos de se ter um filho.
Outras técnicas que complementam a reprodução assistida são: Doação de óvulos, sêmen, embriões; congelamento de material biológico reprodutivo e de embriões; diagnóstico genético pré-implantatório, entre outros.

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